Com a pandemia do coronavírus afetando o mercado financeiro, várias companhias passaram por problemas para pagar dividendos ou tiveram que reduzir seu volume de payout. Para que você entenda um pouco melhor, o termo se refere à porcentagem de lucro líquido distribuído para os acionistas de uma companhia em forma de dividendos ou juros sobre capital próprio.
Na tentativa de preservar o máximo de liquidez possível na reviravolta enfrentada pelo mercado, companhias da bolsa abriram mão de quitar o payout para preservar sua permanência.
No entanto, apesar das dificuldades, 5 delas remuneraram os acionistas de forma pontual e elaboraram estratégias de planejamento para manter ou maximizar os proventos deste ano. Positivas em termos de solidez, são boas iniciativas para quem pensa em começar a investir no segmento e, por isso, as reunimos a seguir:
Marfrig (MRFG3)
De acordo com informações cedidas pela companhia, o desempenho otimista provém das operações da América do Norte, um reflexo coerente da rígida prática empegada pela empresa nos anos anteriores à pandemia. Com aprovação total de pagamento de dividendos, a Marfrig registrou um lucro líquido sem precedentes: R$ 3,3 bilhões.
Raia Drogasil (RADL3)
Proeminente no setor farmacêutico como o nome sugere, a política estatutária da companhia é de uma distribuição de cerca de 30% do lucro obtido. Entretanto, segundo informações do vice-presidente da companhia, Eugênio de Zagottis, a empresa tem entregado 40% aos acionistas. Com alta de 6,7% durante a pandemia em 2020, reuniu um lucro líquido de R$ 579 milhões.
Aura Minerals (AURA33)
A companhia canadense explora minérios de ouro, prioritariamente no Brasil. Com custos subordinados a moedas de valor inferior ao dólar, como o peso mexicano e o real, a Aura Minerals conseguiu se manter com prospecção otimista durante o estágio crítico da pandemia no ano que se passou.
Cury (CURY3)
Com uma estratégia de atenção a fluxos de caixa mais ágeis e patrimônio mais leve, o gerente de relações com investidores da companhia, Marcelo Korber, atribui o bom desempenho às práticas que se tornaram marca registrada da empresa. De fato, a porcentagem reflete uma organização efetiva: o payout tem girado em torno de 90% do lucro.
Minerva Foods (BEEF3)
Para gestores da empresa, o desempenho favorável num ano de altos e baixos, deve-se às atividades financeiras ativas e de elevada potencialização nos anos anteriores à pandemia. Cumprindo sua meta de payout, a Minerva Foods conquistou lucro de expressivos R$ 697 milhões em 2020, contra apenas R$ 16,2 milhões ainda em 2019.