O prolongado isolamento associado aos muitos altos e baixos emocionais causados pela pandemia trouxeram como consequência o aumento de peso da população.
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), que pesquisou dados de ganho de peso entre 14 mil adultos, revelou que 19,7% deles engordaram durante a pandemia.
O cortisol, hormônio liberado em situações de maior estresse e ansiedade, como a que vivenciamos neste momento de incerteza, impacta o metabolismo de forma direta:
“A elevação de cortisol em períodos de estresse pode levar a algumas alterações metabólicas que contribuem para o ganho de peso”, pontua Claudia Chang, pós-doutora em endocrinologia e metabologia pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Além da associação emocional, há o hábito de comer mais em momentos de maiores quebras de rotina – como permanecer em casa por longos períodos de tempo.
Na tentativa de auxiliar aqueles que ganharam peso indesejado, a equipe da USP liberou algumas dicas saudáveis para tentar voltar aos bons termos com a balança. Confira a seguir:
Hidrate-se bem
Segundo explicou a especialista Cláudia Chang, o “centro da sede” é muito próximo ao “centro da fome” no cérebro e a vontade de comer pode ser substituída por beber água.
Foque-se nos exercícios certos
Cada etapa da atividade física tem uma função: para desacelerar o metabolismo faça 30 minutos de exercícios cardiovasculares por dia e entre 4 a 5 sessões de treino de resistência por semana.
Procure dormir bem
Não descansar o bastante desequilibra os hormônios da fome: a grelina (apetite) e a leptina (saciedade), o que significa que você vai comer em excesso sem ao menos perceber.
Opte por alimentação de qualidade
O clichê é válido: você não precisa necessariamente comer menos. Coma melhor.
Escolha opções mais leves, alimente-se de três em três horas e não caia na tentação de realizar dietas restritas sem procurar um bom profissional.